Talvez o desabafo seja o ponto final de uma demorada e penosa trajetória. Muitas vezes, vítimas de abuso só conseguem falar abertamente sobre o que aconteceu quando sublimam, de alguma forma, a violência. Este parece ser o caso de Xuxa. As feridas, que impedem pensar uma vida amorosa, ainda estão expostas.
O primeiro sinal deveria ser percebido no lar. A criança muda de comportamento com alguma pessoa. Pode também aumentar a agressividade ou, ao contrário, o isolamento. Geralmente, o molestador é conhecido.
Pensemos nos milhares de crianças que estão sendo abusadas – e que tal exposição propiciou que isso viesse à tona. As denúncias cresceram 30% após o depoimento. Xuxa, que se conecta com crianças, ajudou-as e a seus pais ao falar de forma tão pessoal de um tema tabu.
Marta Suplicy, hoje, na "Folha" (com adaptações).
2 comentários:
Poxa, quanta propaganda para o "bom mocismo" da Xuxa, em?!
E que esforço de ambas as partes - da própria Xuxa, no vídeo, e da Marta Suplicy, no artigo -, em passar a imagem de ingenuidade e bondade da "rainha dos baixinhos". Coitadinha da Xuxa!
Manoel, ótimo título para a postagem.
Abraço.
Bruna, eu realmente tenho pena de pessoas como Xuxa.
O sensacionalismo com que o tema foi tratado evidencia o desespero, dela e do programa, por audiência.
Mas a confiar nas estatísticas, a "revelação bombástica" dessa vez pelo menos resultou em algo positivo, ainda que involuntariamente: encorajou vítimas de abusos a apontar os criminosos e talvez ajudou-as a recuperar o amor próprio e seguir em frente.
Grande abraço.
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