Jair
Bolsonaro prometeu “restaurar e reerguer a Pátria” e pediu a ajuda dos
parlamentares. Mais tarde, no parlatório do Palácio do Planalto, se
dirigiu à multidão anunciando que aquele era o dia “em que o povo
começou a se libertar do socialismo”. “Eu, vocês e nossas famílias
restabeleceremos padrões éticos e morais”, disse, para uma plateia que
respondeu aos gritos de “Mito, mito!”.
“Nos pautaremos pela vontade soberana dos brasileiros que querem boas escolas capazes de preparar seus filhos para o mercado de trabalho e não para militância política, que sonham com a liberdade de ir e vir sem ser vitimados pelo crime”
MICHELLE QUEBRA O PROTOCOLO
Após
a cerimônia no Congresso, Bolsonaro subiu a rampa do Palácio do
Planalto, ao lado do vice-presidente Hamilton Mourão, ambos acompanhados
das mulheres. Após ter recebido, por volta de 17h, a faixa presidencial
de Michel Temer, que logo saiu de cena, o presidente falaria, no
parlatório, diante da multidão. Em quebra de protocolo, no entanto, a
fala de Bolsonaro foi precedida de um discurso da primeira-dama,
Michelle. Natural de Ceilândia (DF), ela, muito à vontade, usou a
linguagem brasileira de sinais (libras), sendo traduzida por uma
intérprete. Michele agradeceu a solidariedade da população ao marido
após o atentado em Juiz de Fora (MG), destacando o apoio do enteado,
Carlos. Atendendo a pedidos da plateia, beijou Bolsonaro, a quem chamou
de “amado esposo”, duas vezes.
Em sua vez,
Bolsonaro, após pedir licença a seu vice, o general Hamilton Mourão,
fez um discurso mais voltado para o seu eleitorado, enquanto a plateia
gritava: “O capitão chegou”. “Não podemos deixar que ideologias nefastas
venha a dividir os brasileiros. Ideologias que destroem nossos valores e
tradições”. Além do “socialismo, o presidente disse que o povo começava
a se libertar “da inversão de valores, do gigantismo estatal e do
politicamente correto”. No fim do discurso, Bolsonaro segurou uma
bandeira do Brasil, junto com Mourão, e disse: “Eis a nossa bandeira que
nunca será vermelha. Se for preciso (daremos) o nosso sangue para
mantê-la verde e amarela”.
O Dia, 2/1/19
Nenhum comentário:
Postar um comentário