quinta-feira, 26 de março de 2009

Ouvido absoluto


Truman Capote (1924-1984), após doze anos de treino, desenvolveu uma incrível capacidade de memorização, conseguindo reproduzir fielmente 95% de tudo que ouvia. Assim, o escritor dispensava anotações enquanto colhia depoimento dos entrevistados.

Não seria mais simples e eficaz, cara-pálida, se o pai do romance de não-ficção tivesse usado um simples gravador?

Por outro lado, economiza-se um tempo considerável não precisando repassar fitas à procura de determinados trechos. Além de o autor acessar o ponto exato instantaneamente, tem uma visão completa da obra antes mesmo de escrever uma única linha.

Sem contar a facilidade de aprendizagem que a técnica pode proporcionar, já que, potencialmente, Capote memorizava praticamente tudo que ouvia.

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