
Num país em que muitos municípios não têm sequer uma biblioteca pública acho que é um desperdício provocar o gasto de milhões de reais com a compra de novos livros para substituir outros iguais das bibliotecas que já existem por causa de uns poucos acentos e pela inclusão das letras K, W e Y, que na prática já estão presentes em nosso dia-a-dia. Bastaria incorporá-las ao alfabeto e pronto. Sem contar que algumas palavras continuarão sendo escritas de forma diferente no Brasil e em Portugal. O que justificará num futuro próximo mais uma reforma dessas, para jogar muita grana nas mãos dos editores. Tudo decidido por meia dúzia de acadêmicos. Que democracia é essa? Chegaram a fazer umas matérias por aí sobre a praticidade ou não da reforma, mas todo mundo se nega a discutir os custos dela. Parece haver uma cumplicidade da grande imprensa, dos linguistas (sim, agora sem o trema) e dos editores interessados.
Mouzar Benedito
In: Revista do Brasil
2 comentários:
Nada mais direto e verdadeiro!!!
Texto necessário, Manoel.
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