quinta-feira, 23 de junho de 2011

Porquês


"Calvin & Haroldo"
By Bill Watterson

4 comentários:

Bruna Caixeta disse...

Oi, Manoel!

Sabe que sempre gosto quando se capta os sensatos "diálogos existenciais" das crianças na maneira delas mesmo de perceber as coisas do mundo?! Por exemplo: quando o Calvin pergunta sobre a morte do quatizinho. A pergunta ("Por que o quatizinho teve que morrer? Ele não fez nada de errado"), muito simples, objetiva e criança mesmo de ser, já encerra toda a dúvida e o incômodo em relação à arbitrariedade da morte. Assim como a pergunta seguinte ("Ele era tão pequeno!Qual o sentido em colocá-lo aqui e levá-lo de volta tão cedo?") traz o tema da mesquinhez da morte, pois que se elimina um ser que parece acabar de ser posto no mundo.

Não menos criança é o modo de sentir o medo da morte (ou do aprofundamento na discussão sobre ela): esconder-se embaixo da cama, como a fugir do bicho-papão.

Ver a forma como o Calvin, a Mafalda e outros personagens infantis mais fazem as suas perguntas é um aprendizado, talvez principalmente para os escritores. Todo escritor deveria aprender com as crianças formas inteligentes de produzir metáforas, pois elas têm a espontânea capacidade de formular imagens dos fatos de forma simples, objetiva e sensata.

Grande abraço.

Manoel Almeida disse...

Olá, Bruninha. A percepção e objetividade das crianças são de fato acachapantes. É um prazer e um grande privilégio poder conviver com elas. Infelizmente perdemos essas qualidades à medida que crescemos. Calvin, Mafalda e Snoppy preservam essa pureza, acrescida de um fino senso de humor.

Um abraço.

Christiane Rocha disse...

Salve salve, Bruninha, Manolo...
às vezes, qdo estou sentada nas praças e parques da vida, vou logo puxando assunto com os pequenos-tarefa desafiante, pois são umas cabecinhas fabulosas.
Abraços aos meus dois mais que queridos...
Chris.

Manoel Almeida disse...

Saudações, Chris. Agora sei por onde você tem andado. Ótimo receber notícias suas.

Fortíssimo abraço.