terça-feira, 8 de janeiro de 2019

O manual da Santa Inquisição



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O Martelo das Feiticeiras (Malleus Maleficarum) é um dos livros mais importantes da cultura ocidental, tanto para os leitores que se interessam pela história quanto para aqueles que estudam a história do pensamento e das leis. Documento fundamental do pensamento pré-cartesiano, bem como um dos mais importantes depositórios das leis que vigoravam no Estado teocrático, revela as articulações concretas entre sexualidade e poder, e por isso é uma peça única para todos aqueles que estudam a profundidade da psique humana e o funcionamento das sociedades. Durante quatro séculos este livro foi o manual oficial da Inquisição para caça às bruxas. Levou à tortura e à morte mais de 100 mil mulheres sob o pretexto, entre outros, de “copularem com o demônio”. Esse genocídio foi perpetrado na época em que formavam as sociedades modernas europeias. Uma das consequências, apontadas pelos especialistas, foi tornar dóceis e submissos os corpos das mulheres posteriormente.



Sobre os autores:

Heinrich Kramer (1430-1505), religioso e Inquisidor alemão.
Juntou-se  à Ordem dos Pregadores ainda jovem, e foi indicado para a posição de inquisidor por  volta de 1474. Solicitou ao papa Inocêncio VIII permissão para investigar e punir atos de bruxaria na Alemanha, e a Bula Papal emitida em resposta serviu como legitimação para que ele escrevesse "Malleus Maleficarum" ("O martelo das feiticeiras"). Entendido como um guia para reconhecer, capturar e punir bruxas, o livro foi condenado pela Universidade de Colônia, instituição para a qual foi submetido para  aprovação, por instigar atos antiéticos, ilegais e contrários à doutrina católica. Ainda assim, o livro foi muito utilizado pelas cortes seculares, e Kramer continuou sendo convidado para fazer pregações sobre o assunto.

James  Sprenger (1435-1495), Inquisidor das províncias de Mainz, Trier e Colônia.
Mestre e deão da faculdade de teologia da Universidade de Colônia, iniciou-se na Ordem dos Pregadores em 1452. Apesar de ser com  frequência apontado como coautor de "O martelo  das feiticeiras", historiadores afirmam que seu papel foi o de colaborador, e que sua influência foi  usada  para  atribuir caráter oficial à publicação de Kramer.


Obra disponibilizada pela equipe Le Livros e seus diversos parceiros com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos.

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